Porque há o direito ao grito.
então eu grito.

sábado, 27 de março de 2010













algum dia como este dia em que a tempestade se encolheu
agora quase às três da tarde
recolhi os cacos de minha existência
e tentei construir um poema
envolto no oitavo cigarro
no sexto andar
no milhão de madalas turvas
que formam o contorno do meu rosto
discipando-se nas trevas de um acorde menor
nas grandes grades mãos
da divina deusa que me interrompe
no piano de caudas do vestido de clarice
chopin






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